quarta-feira, 15 de abril de 2009

Dimensões Espirituais do Centro Espírita - V Parte

A sala de exposição doutrinária

Toda Casa Espírita tem o seu espaço destinado à realização de reuniões públicas, de portas abertas, onde os expositores abordam estudos e palestras doutrinárias, especialmente das obras que constituem a Codificação Kardequiana.

Este recinto recebe da Espiritualidade o cuidado compatível com a importância das tarefas ali desenvolvidas. Espíritos especializados magnetizam o ambiente e o preservam e renovam constantemente, propiciando uma psicosfera salutar, consoante informa Manoel Philomeno de Miranda.

São instaladas defesas magnéticas que impedem a entrada de entidades desencarnadas hostis e malfeitoras, assim, só entram aqueles que obtêm permissão.
Tais cuidados são imprescindíveis em razão da natureza do trabalho que os Centros realizam. Sendo um local para onde convergem pessoas portadoras de mediunidade em fase inicial ou em desequilíbrio ou, ainda, obsidiados de todos os matizes, é fácil concluir que se não houvesse tais cautelas do Plano Espiritual, principalmente, graves problemas poderiam surgir decorrentes do ambiente espiritual e da presença de sensitivos não equilibrados.

Imaginemos, por um instante, a ambiência desta sala, relativamente aos encarnados presentes. A grande maioria dos que comparecem ao Centro o faz impelida pelos problemas e sofrimentos que os aguilhoam. Quando chegam estão aflitos, cansados, desesperados e, não raro, com idéias de suicídio ou outros tipos de pensamentos extremamente negativos. Recorrem ao Espiritismo na condição de náufragos de tormentas morais que se agarrassem a uma tábua salvadora. Trazem o pensamento enrodilhado no drama em que vivem e que é como um clichê estampado na própria aura. Vibrando em enarmonia a quase totalidade dessas criaturas estão imantadas a desafetos do passado ou a entidades outras, igualmente em desequilíbrio, que por sua vez, as envolvem em fluidos perniciosos. Várias são portadoras de monodeísmo, isto é, trazem o pensamento fixo em determinada idéia negativa, como por exemplo, no suicídio, no remorso de ato cometido etc. Diversas estão magoadas, sofridas, ulceradas interiormente e com as forças deperecidas. Outras estão perdidas em si mesmas, sem saber qual o sentido da vida e que rumo tomar. Muitas esperam milagres que as libertem de imediato de seus problemas e umas poucas chegam por curiosidade ou desejosas de conhecer melhor o que é o Espiritismo. Mas todas essas pessoas têm um denominador comum: a esperança.

Esse conjunto de vibrações desarmônicas e a malta de desencarnados que gravitam ao seu redor – todos interessados em obstar tudo aquilo que pode significar libertação para suas vítimas, no caso a palavra esclarecedora da Doutrina – por certo afetariam os médiuns presentes ainda não equilibrados, não fossem os cuidados e vigilância dos Benfeitores Espirituais.

Há ainda outro ponto a considerar: é que sendo um local de tratamento das almas enfermas, que somos quase todos nós, é imprescindível que os recursos do “laboratório do mundo invisível” sejam mobilizados e acionados para o atendimento espiritual.

Os Espíritos especializados fazem, portanto, a triagem dos desencarnados que irão entrar, sempre visando os que estão em condições de ser beneficiados, mas outros são momentaneamente afastados de suas vítimas enquanto estas permanecem no Centro. Em decorrência, grande é o número de entidades que ficam postadas do lado de fora da Casa, como que aguardando permissão para entrar ou interessados em achar alguma brecha nas defesas magnéticas com o intuito de causarem perturbações. Mesmo estes não ficam sem a ajuda do Alto, pois aparelhagem especial transmite a palavra dos expositores amplificando-lhes a voz.

No transcurso da exposição doutrinária grande amparo é prestado ao público. Equipes especializadas atendem aos que apresentarem condições espirituais-mentais favoráveis, receptivas, medicando- os e, até mesmo, realizando cirurgias espirituais.

Por outro lado, a aproximação de entidades benfeitoras junto aos encarnados torna-se mais fácil pela natureza do ambiente e por estarem estes com o pensamento voltado para os ensinos clarificadores da Doutrina, o que lhes modifica, temporariamente, os panoramas mentais, favorecendo o otimismo e a renovação interior. Concomitantemente, os “espíritos arquitetos”, muitas vezes, utilizam dos recursos dos painéis fluídicos que “dão vida” aos comentários do expositor, favorecendo o entendimento dos desencarnados presentes. Isto, aliás, acontece em palestras sempre que o ambiente favoreça.

Toda essa programação, todavia, só se realizará se o Centro Espírita tiver o seu ambiente preservado de quaisquer frivolidades e mercantilismo; de intrigas e personalismo; se ali se cultivar a conversação sadia e edificante; se naquele local se praticar a verdadeira caridade e o estudo sério, e onde as principais metas sejam esclarecer, aliviar e consolar as almas que por ali aportarem, colocando-se assim à altura da proteção dos Espíritos Superiores.

Um comentário:

  1. Fernando Antonio de Barros Lins16 de abril de 2009 às 15:54

    Se todos nós,que somos espíritas realmente pensássemos e/ou mesmo refletíssemos sobre o gráu de importância que a espiritualidade deposita em sua atribuição, com certeza teríamos uma melhor interação com os trabalhos antecipadamente preparados pelos espíritos que se responsabilizam e objetivam os trabalhos inerentes à exposição doutrinária.

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