quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dimensões Espirituais do Centro Espírita - VI Parte

O ambiente espiritual da reunião mediúnica

Os cuidados dos Espíritos que se dedicam à preservação do ambiente espiritual da sala onde são realizados os trabalhos mediúnicos são constantes e intensos, pois nada pode ser negligenciado, sob pena de comprometer-se o êxito da reunião.
O local destinado à sessão mediúnica tem, por assim dizer, uma fiscalização permanente, pois, principalmente no caso do recinto consagrado às sessões de desobsessão, muitos Espíritos necessitados e sofredores ficam aí alojados, em regime de tratamento para seu refazimento e reequilíbrio.

No dia da reunião o recinto passa por rigorosa assepsia a fim de livrá-lo e preservá-lo de larvas psíquicas (que são criadas por mentes viciosas de encarnados ou desencarnados); de ideoplastias perniciosas (formas-pensamento, clichês mentais); de vibrações deprimentes, constituindo tudo isso os “invasores microbicidas das regiões inferiores”, conforme esclarece João Cleofas. 3

Importante ressaltar que tais “invasores microbicidas” contaminam o homem invigilante que apresente, por sua vez, pensamentos doentios, descontrolados, que são verdadeiras brechas ao assédio inferior, resultando daí a parasitose mental, ou vampirismo.

João Cleofas elucida que a sala mediúnica é o “ambiente cirúrgico para realizações de longo curso no cerne do perispírito dos encarnados como dos desencarnados”, como também local onde “se anulam fixações mentais que produzem danos profundos nas tecelagens sensíveis do espírito.”

Além disso, há necessidade de se isolar e defender o recinto das investidas de
Espíritos inferiores, o que leva os Benfeitores Espirituais a cercá-lo por meio de faixas fluídicas visando impedir a entrada de tais entidades. Assim, só entrarão no ambiente aqueles que tiverem permissão dos dirigentes espirituais.

A sala mediúnica, conquanto seja limitada no seu espaço físico, no outro plano apresenta-se adimensional, já que se amplia de acordo com a necessidade, permitindo abrigar um número muito grande de desencarnados que são trazidos para tratamento, para esclarecimento, para aprendizagem etc. Tem ainda mobiliário próprio e aparelhagens instaladas pela equipe espiritual. Esta equipe conta com elementos especializados nesses trabalhos, inclusive aqueles denominados por Efigênio Vítor de “arquitetos espirituais” 4, que têm a seu encargo a tarefa complexa de criar os quadros fluídicos indispensáveis ao tratamento ou esclarecimento das entidades comunicantes. Esses quadros fluídicos não são criados ao sabor do acaso mas obedecem a uma programação e à pesquisa sobre o passado dos que precisem desse recurso. Tais painéis fluídicos são tão perfeitos que possuem “vida” momentânea, com movimentos, cor, como se fossem uma tela cinematográfica na qual as personagens são pessoas ligadas ao manifestante, ou ele mesmo se vê vivendo cenas importantes em sua existência de Espírito imortal.

Tudo isso nos dá uma pálida idéia do grandioso trabalho do mundo espiritual; é “o laboratório do mundo invisível”, citado por Kardec, que esclarece: “(...) Os objetos que o Espírito forma, têm existência temporária, subordinada à sua vontade, ou a uma necessidade que ele experimenta. Pode fazê-los e desfazê-los livremente.” 5
E dizer que com a nossa invigilância podemos prejudicar num relance toda essa estrutura! Isto acontece quando comparecemos despreparados para a reunião, trazendo vibrações negativas, desequilibrantes; quando trazemos o pensamento viciado e contaminamos o recinto cuidadosamente preparado. Nesta hora, os tarefeiros da Espiritualidade usam recursos de emergência, isolando o faltoso, para que a maioria não seja prejudicada. Em caso mais grave, porém, poderá ocorrer um desequilíbrio nos circuitos vibratórios que defendem a sessão, o que possibilitará a entrada de Espíritos perturbadores e conseqüente prejuízo para os trabalhos e os participantes.
Como vemos, integrar uma equipe mediúnica é um encargo de grande responsabilidade. Importa considerar que somente as reuniões mediúnicas sérias merecerão dos Benfeitores Espirituais todo esse cuidadoso preparo mencionado.

Se os encarnados corresponderem, o grupo mediúnico crescerá em produtividade sob a chancela de Espíritos bondosos. Em caso oposto, a reunião nada produzirá de positivo, tornando-se presa fácil paras Espíritos inferiores.

A opção é nossa, dos encarnados. Os Amigos Espirituais estão sempre dispostos a secundar os nossos melhores esforços. São eles que traçam as diretrizes dos trabalhos mediúnicos; que na realidade dirigem as atividades, mas ficam na dependência de nossa cooperação, pois uma sessão para a prática da mediunidade somente existe com o concurso dos dois planos da vida. Se estivermos receptivos às orientações e apresentarmos por nosso lado um esforço de iniciativas identificadas com os seus propósitos, as duas equipes – a espiritual e a dos encarnados – tornar-se-ão homogêneas e o grupo vibrando no mesmo diapasão de Amor atenderá com sucesso aos irmãos que ainda jazem na ignorância e no mal.

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