segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O amor perfeito

Onde estaria o amor? Foi para responder a essa dúvida que me pus a pesquisar. Fui convidado a ministrar uma palestra - e como me atrevo a palestrar, mesmo sem a competência dos oradores espíritas, resolvi aceitar o convite. Não tardou muito o auxílio da espiritulidade amiga, que vindo ao meu socorro, sugeriu-me ouvir uma música antiga, que sempre gostei dela, mas fazia anos que não a ouvia: filho adotivo, na voz de Sérgio Reis.

Em cada letra, em cada nota da música, minha mente se abria e pude perceber o quanto de amor aquela estória trazia. Um pai, que pelo amor aos seus filhos, sacrificou a sua vida para que eles tivessem as melhores oportunidades na vida, as que ele jamais teve. A música, com muita tristeza, fala de um amor que se dá (amor solidariedade), de um amor que se constrói (amor paciência), de um amor que se multiplica (amor filial), de um amor que entende as limitações do semelhante (amor tolerância), de um amor que ajuda (amor caridade), de um amor que compreende (amor perdão), de um amor que não abandona (amor fraternal) e de um amor perfeito (amor gratidão).

É claro que as categorias de amor acima citadas são apenas um entendimento meu, nada mais. É claro, também, que o blogueiro(a) amigo(a) terá outros tipos de amor, tão mais completos que os que eu listei.

Isso, porém, não é o mais importante. O mais valioso - e tenho clareza nisso - é que não podemos amar ninguém sem sermos gratos. Podemos agirmos com solidariedade, paciência, amar com tanta paixão aqueles que moram em nosso coração, tolerância, fazermos milhões de atos caridadosos, perdoamos tantas ofensas...mais até que as que estão citadas no Evangelho, jamais abandornamos os que nos amam, mas se não formos gratos, se não agirmos com gestos de gratidão tudo não parecerá de exercício para alcançarmos a paz real.

Você pode não concordar com tudo isso que exponho - e espero que tenha opinião contrária mesmo! Aliás toda uniamidade é burra. Mas, tenho certeza que se você for grato com qualquer pessoa que atravessar o seu caminho, por mais simples que ela seja, você sentirá o amor dentro do seu coração. E aproveitando a sua leitura, muito obrigado por tudo!

Um comentário:

  1. O título desse texto me levou a algumas questões: Amor é um sentimento que se aperfeiçoa? Se há o amor perfeito, como será o amor imperfeito? Este leva alguém à felicidade? Esta felicidade também será imperfeita? E nós, Espíritos nos primeiros degraus da evolução, temos condições de identificar e expressar o amor perfeito, ou este conceito também é relativo ao nosso adiantamento?
    A questão é que sempre que falamos em perfeição adentramos numa área muito complexa. Sempre que classificamos algo como perfeito abraçamos um campo muito vulnerável de julgamento, transitando entre conceitos dinâmicos de bem e de mal.
    Penso que hoje vivemos uma confusão de valores das pessoas e das coisas. A íntima relação que mantemos com a matéria, na condição de Espíritos encarnados, cuja ligação perispiritual é celular, faz-nos alimentar a idéia de seres materiais. E é este materialismo a que o Espiritismo veio eliminar, levando-nos à compreensão de nossa natureza, considerando a dimensão espiritual.
    Nessa inversão de valores, gastamos mais energia em ter do que em ser. Para diminuir o drama da falta de Amor, passamos a adquirir coisas que nos dêem a impressão de que somos felizes. Nos dias atuais, especialmente o celular da última geração.
    Talvez essa análise careça de mais atualidade. É possível que hoje se gaste mais recursos em parecer ser do que em ser. Porque na dramática falta de amor da angustiante “vida social solitária” que experimentamos na correria pelo domínio do corpo, buscamos impressionar mais os outros que a nós mesmos. Assim, o celular de última geração pode ser uma réplica, mais acessível, com o mesmo poder de impressionar e de nos tornar mais “dignos” de receber amor.
    Que amor?
    Como a qualidade das coisas reflete a qualidade com que as vemos, esse sentimento será sempre um retrato fiel do que somos. Já que o que somos pode não sê-lo a alguns instantes, parece-me crucial que vivamos com intensidade cada momento, com o tempo que talvez não permita fazer julgamentos mas, expressar legitimamente o que sentimos.
    Um abraço,
    Jorge

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