sexta-feira, 13 de março de 2009

A Dávida do Perdão

Não quero escrever como escrevem os eruditos ou grandes narradores da alma humana. Não tenho a dimensão intelectual de ambos e estou bem longe da perfeição moral que tal iniciativa exigiria. Fico pensando apenas no perdão e de como ele consegue nos modelar moralmente, energeticamente e porque não dizer, perispiritualmente.
Falo nisso, porque a maioria dos homens tem o hábito de desconsiderar o perdão, classificando-o como algo divino ou sobrenatural. Algo que parece fixar-se acima das nossas forças. Mas preciso dizer uma coisa: o pior é que não está. Podemos perdoar, sim.
Mas entre saber que podemos perdoar e perdoar de fato vai uma grande diferença! De fato. E a nossa dificuldade está justamente nesse espaço entre a vontade e a ação. Nele existe um longo caminho a percorrer. Se o perdão é algo ainda distante para a maioria de nós, vamos começar pela desculpa diária. Se alguém nos abordou de maneira indevida, aceitemos as desculpas, mesmo que elas não sejam verbalizadas. Aceitemos-la em nossa mente e em nosso coração, independente do outro tê-las pronunciado. Situações que nos irritam e nos ferem acontecem em todos os ambientes.
No trânsito, na via pública, na escola, no lar, no trabalho e até no centro espírita vivemos experiências que testam a nossa paciência, exercitam a humildade e promovem a união. Só que na maioria das vezes não olhamos por este ângulo. Quantas vezes já nos vimos agindo fora de controle? Quantas coisas fazemos de errado, mas que condenamos nos outros? Observando a nossa imperfeição, Jesus pacientemente nos alertou há 2009 anos atras: perdoar 70 vezes sete vezes sete cada ofensa.
O que você pensa disso. Deixe seu comentário no blog.

4 comentários:

  1. Entendo que nossa consciência possui as informações que escolhemos como justo e injusto para nós e para os outros. Nesse julgamento leva-se em conta a fé raciocinada ou não. O conhecimento que possuimos da relação que temos com Deus nos faz reagir perdoando 70 vezes 7 ou fazendo as escolhas para quem deve ser agraciado ou não.rosãngela

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  2. Perdoar não é uma tarefa das mais fáceis. Mas precisamos tentar.

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  3. Para exercitarmos o perdão, necessário antes de tudo,fazer um exercício contínuo acerca do auto-perdão, ou seja, refletir sobre nós mesmos acerca dos nossos posicionamentos no cotidiano e, com isso, ver no irmão imperfeito defeitos que atinge a muitos de nós, mas que, infelizmente, ainda nos faltam as reflexões necessárias para avaliarmos as nossas compreensões de vida. Porque somente com um exercício diário visando uma análise acerca do que somos e poderemos melhorar é que poderemos nos livrar dos marasmos de cada dia, auto-incentivando em cada um de nós uma melhora profunda e que facilita um novo entendimento em prol do auto-perdão e conseqüentemente do próprio perdão.

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